Todos os alunos da
rede pública de ensino foram mobilizados
para combater a dengue em Oriximiná.
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Alunos do Adélia Figueira em ação |
Sábado,
19, numa ação conjunta entre as parcerias através das secretarias de Saúde e
Educação foi realizado em Oriximiná o primeiro mutirão denominado ‘Orixminá
contra a dengue’ que mobilizou toda a classe estudantil da rede pública de
ensino e também a população.
Preocupada
em dar uma resposta à sociedade oriximinaense devido ao falecimento no hospital
municipal da dona de casa Suely Sena da Silva de 43 anos, vítima de dengue
hemorrágica no mês de fevereiro, a secretaria intensificou suas ações no
combate ao mosquito transmissor.
No
dia 23 de fevereiro a Secretaria de Saúde realizou Casa da Cultura reunião para
fazer exposição, debater com a sociedade
a atual situação da dengue no município e traçar estratégias de enfrentamento ao avanço
da doença.O evento foi dividido em duas partes.
Pela
manhã os participantes foram os gestores que assistiram palestras proferidas por técnicos da Sespa que vieram à
Oriximiná. Na ocasião foram apresentados vídeos que mostram os vários tipos da
doença que varia dos tipos A à D. No período da tarde o espaço aberto foi para
associações de bairros, Conselho de Saúde e de Educação, Agentes de Saúde e de
Endemias, sindicatos, etc.
Na
ocasião, o Coordenador da 9ª Regional de Endemias da Sespa, Nezildo Oliveira
Pinto, disse que no centro regional havia confirmação que há sete municípios de
risco e que Oriximiná já fazia parte desse grupo. “O governo também quer que a
mobilização da dengue, não se restrinja ao setor saúde, mas sim, à outras
secretarias e também da população”, disse Nazildo. Ele também lamentou que na
cidade a doença tivesse se agravado no decorrer dos anos. Com relação ao tipo de dengue, Nezildo disse
que na região já há confirmação do tipo 4 que a dengue hemorrágica.
O
mutirão de sábado começou desde cedo e cada diretoria mobilizou seus alunos que
visitaram as residências foram até os quintais retiraram o lixo que havia e
trouxeram para as ruas para sem seguida, esse lixo ser coletado pela limpeza
urbana. Enquanto isso, outros alunos faziam panfletagem que informavam como
combater o Aedis Egpity. “Mobilizar esses alunos os torna conscientizadores por que eles passem para as pessoas a
importância de se combater a proliferação da doença”, ressaltou Leila
Wanzeller, diretora da escola Joana Bandeira. Ela disse que durante toda a
semana os alunos receberam instruções e colocaram em prática no sábado.
O
professor Miguel Canto, responsável da campanha da escola Adélia Figueira,
ressaltou a iniciativa da Secretaria de Saúde e disse que vão continuar apoiando. “É necessário que todos se mobilizem no
sentido de combater a dengue em nosso município”, disse.
Para
o diretor do educandário, Rivanildo Monteiro, a presença de quase cem por cento
dos alunos do Adélia imbuídos no mutirão é um reflexo da preocupação da
população do bairro de Santa Luzia onde está situada a escola e tem apresentado
um alto índice de infestação predial. “Quero agradecer as famílias que
confiaram nesse trabalho”, disse o diretor. Quem também fez coro às palavras do
diretor foi coordenadora pedagógica Claudene Souza. Ela reiterou que todos vão
se empenhar para que o bairro passe a conviver com outra realidade.
Para
a Diretora de Vigilância em Saúde, Márcia Campos, já era hora do cidadão tirar a
idéia da cabeça que a dengue é uma questão de saúde pública, e para combatê-la
é necessário o envolvimento de todos. “Estamos trabalhando em conjunto para
erradicamos essa doença da nossa cidade”, conta a sanitarista.
A
Secretária de Saúde, Conceição Guerreiro, disse que a população deve abraçar a
causa e se mobilizar para que a campanha tenha êxito. Conceição Guerreiro
ressaltou o empenho dos professores das escolas que trouxeram seus alunos e
foram à luta. “Temos que nos livrar desse mosquito”, disse.
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Alunos da Escola Lameira Bittencourt |
No
Pará já foram diagnosticados mais de 900 casos de dengue e em Oriximiná a
secretaria não informou o número de casos suspeitos e nem confirmados.