CarnaPauxis já atrai grande número de turistas

Os blocos recebem apenas um incentivo financeiro da prefeitura,

 as despesas são todas arcadas pelos foliões. A estrutura, segurança 

e palco são de responsabilidade do poder público.

   A abertura oficial do Carnapauxis 2011 aconteceu no sábado (22) com uma cerimônia na Secretaria de Cultura onde os Blocos inauguraram seus barracões de ensaio. No dia seguinte, a Secretaria deu o pontapé inicial do Pré – Carnapauxis que foi comandado pelo bloco Mirim. O Bloco percorreu as principais ruas da cidade presépio arrastando milhares de pessoas, para depois se concentrar na Praça da Cultura, Sesquicentenário antigo Estádio General Rêgo Barros, área destinada à construção do espaço carnavalesco denominado de Fobódromo.

   No mês de janeiro, acontecem as primeiras manifestações carnavalescas com a participação de blocos, caracterizando o  pré-Carnaval,  onde se concentram em seus bairros de origem, para que cada um, de acordo com as semanas que se seguem possam realizar as apresentações do dinamismo dos blocos nos bairros, tendo inclusive apoio da Secretaria de Cultura do município e da Prefeitura.  Além dos oficiais se apresentam também os não oficiais que divertem os foliões de Momo pelas ruas da cidade.

HISTÓRICO  - De característica essencialmente Pauxiara, pela diferenciação e peculiaridade que são particulares, o “CARNAPAUXIS” recebe esta denominação em homenagem aos primeiros habitantes da terra obidense, os Índios Pauxis; é uma manifestação popular que expressa toda uma história e cultura de um povo, e vem ganhando preferência significativa entre os  milhares de foliões que se divertem pelas estreitas e enladeiradas ruas da “cidade Presépio”. O carnapauxis é considerado pelos críticos como o maior carnaval de rua do oeste paraense.

    O Mascarado Fobó, o folião mais tradicional do carnaval obidense, se tornou o símbolo maior do carnapauxis por apresentar sua indumentária que é composta por capacete colorido, a máscara confeccionada artesanalmente, a bexiga, o dominó (roupa tipo macacão de florão), o referee e o sexto elemento dessa diversão, a Maisena.  O símbolo é um boneco gigantesco confeccionado e ornamentado para dar maior colorido e brilhantismo ao evento. “Esse folião vem dos morros da cidade, por isso essa identificação maior”, explica Eduardo Dias, ex-secretário de Cultura.

    O secretário também destaca que o bloco mais tradicional da cidade, não desfila aos domingos, mas nas segundas-feiras, o  Bloco Pai da Pinga’ que é visto nas ruas da cidade presépio e é acompanhado por uma grande multidão . “Desde o início do mês de dezembro já vimos o Bloco Pai da Pinga  nas ruas, é o mais diferenciado”, Enfatiza Dias.

   Com relação á segurança, Eduardo explica que é feita pela Polícia Militar, onde Cerca de vinte policiais são segurança no período pré-carnavalesco, esse número triplica nos dias oficiais. O ex-secretário diz ainda que eles têm uma visão privilegiada, num local apropriado de onde podem observar tudo o que acontece na praça. Há também os seguranças particulares que circulam no fobódromo.

   O Carnapauxis consegue atrair um público cada vez maior, por que atrai uma demanda qualitativa que envolve todas as classes sociais devido a grande diversidade cultural que é apresentado durante o evento. “O Carnapauxis é um evento participativo, e é prestigiado na íntegra por todas as pessoas que vivenciam esses dias de festa, principalmente os turistas que assistem ao evento”, enfatiza  o professor Henrique, um dos estudiosos do Carnaval obidense.  Ele reitera que o número de turistas nesta época cresce significativamente na cidade. O foco principal diz o professor, são os temas do carnaval que visam a conservação e preservação da cultura popular de Óbidos, sobretudo como incremento ao turismo regional e a economia do município, finaliza.

   Eduardo Dias está em Belém onde no próximo sábado vai gravar um CD somente com marchinhas carnavalescas de sua autoria. Eduardo se emociona ao dizer que é o primeiro obidense a realizar esse sonho. “As músicas são de minha autoria mas dedico aos meus irmãos obiedenses”, diz Eduardo.