O Flamengo entrou em franca desvantagem no
clássico.
Vindo de atuação e
resultado desastrosos na Copa do Brasil, sem Maldonado, sem Ronaldinho Gaúcho
(na última hora) e perdendo Léo Moura nos primeiros minutos.
Pra completar, o
Fluminense estava completo e motivadíssimo pela classificação na Libertadores.
E tudo isso ficou
visível no primeiro tempo de superioridade tricolor. Mesmo com um gol ilegal, o
Flu merecia a vantagem.
Mas nos últimos 45
minutos, cometeu pecado mortal: Subestimou o Flamengo, que não jogava bem, mas
não é um time qualquer.
Acomodados na
preguiça e pretensão de quem pretende administrar um placar mínimo, o
Fluminense deu a senha para despertar seu maior rival e algoz.
Bastou melhorar um
pouco para o Flamengo equilibrar o jogo e igualar o placar em ótima cabeçada do
ex-tricolor Thiago Neves. Daí pra frente, o Fla chegou a ensaiar a virada. E só
no fim se defendeu do ímpeto do adversário.
Nos pênaltis, mais
inteiro física e psicologicamente e com goleiro mais consistente, o favoritismo
que parecia tricolor antes do jogo, mudou flagrantemente de lado. E Ricardo
Berna até foi bem. Mas não o suficiente para compensar as batidas ruins de
Souza, Araújo e Tartá, exatamente os três que entraram no Flu durante a partida.
O Flamengo venceu
no detalhe do pênalti, com Felipe sempre fazendo a diferença, e até com direito
a uma cobrança perdida por seu melhor jogador em campo, Thiago Neves.
Venceu apesar de
ter jogado mal a maior parte do tempo. Venceu porque é o Flamengo, e nunca
vende barato.
E venceu,
sobretudo, porque tem tradição, camisa e torcida que não permitem distrações e
muitas vezes pesam mais do que jogar bem ou mal.
A 90 minutos do
título carioca, a superação rubro-negra deve impulsionar time e torcida na
finalíssima que pode lhe dar a taça antecipadamente. E cá pra nós, duvido que
jogue tão pouco novamente.
Fica o alerta para
o Vasco e uma lição amarga, quase juvenil, para o derrotado Fluminense:
Subestimar o
Flamengo, geralmente acaba mal.