Oriximiná está
entre os sete municípios de risco no Estado do Pará.
Pela
manhã os participantes foram os gestores que assistiram palestras proferidas por técnicos da Sespa que vieram à
Oriximiná. Na ocasião foram apresentados vídeos que mostram os vários tipos da
doença que varia dos tipos A à D.
Carlos
Bêta, diretor de Vigilância Epidemiológica, disse que as autoridades de saúde
estão trabalhando com objetivo de conter a proliferação do mosquito transmissor
para impedir o avanço da doença, mas para isso conta com o apoio incondicional
da população. “De nada adianta somente as autoridades de saúde trabalhar se não
houver o apoio da população, não haverá êxito”, diz Bêta.
O
prefeito Interino Fernando Andrade, que esteve presente à reunião disse que a
prefeitura está dando todo apoio para que a Secretaria de Saúde tenha condições
de trabalhar. Ele voltou à cobrar empenho da população. “A prefeitura está
fazendo sua parte, mas é necessário que todos tenham consciência e entrem nessa
briga”, disse Fernando.
O
período da tarde o espaço aberto foi para associações de bairros, Conselho de
Saúde e de Educação, Agentes de Saúde e de Endemias, sindicatos, etc.
Para
o Coordenador da 9ª Regional de Endemias da Sespa, Nezildo Oliveira Pinto, que
diz que no centro regional há confirmação de que há sete municípios de risco em
relação à dengue e Oriximiná está entre eles. “O governo também quer que a
mobilização da dengue, não se restrinja ao setor saúde, mas sim, à outras
secretarias e também da população”, disse. Nezildo lamenta que em Oriximiná a
doença só tenha se agravado no decorrer dos anos. “A dengue se agrava no Estado e Oriximiná faz
parte, isso é preocupante”. O coordenador também enfatiza que já está na região
o tipo 4 que a dengue hemorrágica, e pede para que a sociedade um modo geral
participe no combate .
No Pará tem 932 casos confirmados de dengue, o último Boletim
Epidemiológico da Dengue no Pará, divulgado pela Sespa na quarta-feira (23),
aponta 5.957 casos suspeitos da doença notificados no período de 1º de janeiro
a 19 de fevereiro de 2011, sendo 932 deles confirmados, o equivalente a cerca
de 20% da notificação. No mesmo período de 2010 os casos suspeitos somaram
1.652, dos quais 948 foram confirmados, confirmando 50% da notificação. Segundo
uma autoridade de saúde, o quadro não é assustador, mas exige atenção de todos,
haja vista que em Oriximiná, já houve um caso de dengue hemorrágica.
Segundo a
coordenadoria estadual de Controle da Dengue, o número de casos confirmados tem
caído porque as ações de controle vetorial realizadas pela Vigilância
Epidemiológica estão sendo desenvolvidas com base nas notificações de casos
ainda suspeitos.
Dor abdominal aguda, dor nos olhos e vômitos com
sangue ou não são indicativos de agravamento e de uma possível dengue
hemorrágica. Nesse caso, o paciente deve ser encaminhado para uma unidade de
terapia mais complexa. "Nós estamos sugerindo a criação de um cartão da dengue,
em que o paciente confirmado terá a descrição do seu histórico, especificando o
tipo de vírus que o acometeu.
Prevenção - Uma gripe comum, por
exemplo, pode ser tratada com remédios que, em caso de dengue, podem agravar o
quadro do paciente. Se a gripe for tratada como dengue, os procedimentos
preventivos evitam complicações. "Depois, os casos não confirmados são
descartados, mas a priori qualquer febre com dor e prostração é registrada como
dengue", explica Roseana Nobre, coordenadora de Vigilância em Saúde da
Sespa.
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