O
goleiro Bruno diz que, agora, é um novo campeonato. E ele tem razão.
O
Flamengo foi mal na primeira fase, e conheço muitos rubro-negros que afirmaram
que nem merecia ter se classificado. A décima-sexta (última) vaga veio graças a
uma combinação de resultados de outros times, que beneficiou os cariocas.
Claro, nada de errado nisso. Classificou-se limpamente, no campo, ainda que
tenha feito tudo pra ficar de fora.
Agora,
enfrentou nada menos que o MELHOR da primeira fase. O invicto Corinthians, que
vinha de cinco vitórias e um empate.
Pois
Davi derrubou Golias; o pior da fase classificatória segue em frente. E o
melhor está fora. Parece injustiça; mas é futebol.
No
primeiro jogo, no Maracanã, mesmo com um a menos após expulsão de Michael, o
Flamengo superou-se. Foi melhor que o adversário, e venceu por um precioso 1 x
0; sem levar gol em casa.
No
Pacaembu, time e torcida do Corinthians se uniram num primeiro tempo
vertiginoso; juntos, “jogaram” muito. O Flamengo ficou zonzo, mas conseguiu
sair para o intervalo com “apenas” 2 x 0 de prejuízo.
No
segundo tempo, Rogério Lourenço foi bem ao botar Kleberson. E Mano Menezes foi
mal ao tirar o veloz Jorge Henrique. O Fla equilibrou; e Love confirmou que, no
clube do coração, voltou a ser decisivo.
Agora,
é sim um novo campeonato. Livre do fantasma das eliminações nas oitavas em 2007
e 2008, o Flamengo ainda não brilha; mas começa a pegar no tranco. Tem bom
time, jogadores razoáveis ou bons em todas as posições, enfim, não há pontos
flagrantemente fracos. Curiosamente, seu ponto mais fraco é a má forma daquele
que deveria ser o ponto mais forte: Adriano vai mal, muito mal. Quem disser o
contrário, tem muito mais que boa vontade.
O
time ainda não dá a liga que deu na reta final do Brasileirão/2009, mas vale
lembrar que a história é parecida. A base já era essa, o time não empolgava,
mas embalou ao sabor dos resultados.
Dizer
que “deixou chegar ninguém segura”, é bom para torcedores mais empolgados. Para
os jogadores, recomendo cautela e canja de galinha.
Mas
o time ganhou corpo e vem cheio de moral.
Há
apenas duas semanas, estava virtualmente eliminado e desenganado; agora, é um
dos oito finalistas da Libertadores.
Não
parece pouco. E não é mesmo.
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