sábado, 3 de abril de 2010

Órgãos de segurança pública se reúnem com moradores do conjunto Casas Populares para discutir os problemas

   Na última sexta-feira, os órgãos de segurança pública participaram de uma reunião com os moradores do conjunto habitacional Casas Populares para debater a problemática que enfrentam no dia a dia.
   O conjunto está localizado no bairro Área Pastoral, zona leste da cidade e nele vivem cerca de oitenta famílias que enfrentam vários problemas como; a falta de infraestrutura, segurança pública, falta de assistência à saúde dentre outros.
   Esta já é a segunda reunião no bairro este ano e a principal reivindicação dos moradores é o atendimento médico que a população não tem e devido a distância dos postos de saúde, haja vista que o mais próximo é a Sespa e mesmo assim, eles têm dificuldades de serem atendidos por não pertencerem ao bairro onde o posto está situado. “A gente não tem para onde recorrer, por que nos postos dizem não pertencemos ao bairro e isso dificulta o nosso atendimento”, reclama a dona de casa Luiza dos Santos. Segundo a moradora que tem cinco filhos a falta de assistência do poder público é notório, mas faz uma ressalva. “Este ano eles vão aparecer aqui porque é ano de eleição”, desabafa.
   Para o presidente do Conseg – Conselho de Segurança, Orivaldo Maciel o objetivo da reunião é procurar resolver os problemas que são enfrentados por uma grande demanda deste conjunto que não tem assistência médica como também a implantação da filosofia da Polícia Comunitária no bairro. Maciel faz uma ressalva de que não adianta os órgãos se reunirem com apenas meia dúzia de pessoas, pois só con junto moram oitenta famílias. O presidente se referiu ao baixo número de famílias presentes à reunião. “O papel do Conseg é fazer a interatividade entre a comunidade e os órgãos de segurança pública, mas nada adianta se não houver demanda”, Esclarece Maciel.
   Segundo o comunicador Ray Santos que também é presidente do Conselho Municipal de Saúde, é preocupante a situação dos moradores do conjunto que pretendiam fazer coleta para comprar uma ficha para conseguir um atendimento médico. “Me comprometi com essas pessoas e vamos interagir com a secretária de Saúde, Conceição Guerreiro, para que interceda à favor deles, haja vista que saúde é um direito de todos”, enfatizou o comunicador. Ray Santos afirmou que diante do problema crônico que a população enfrenta, que a falta de um médico, a secretaria de saúde deverá enviar profissional da área ao bairro prestar esse tipo de atendimento. “Proporcionar o mínimo de dignidade à qualquer cidadão é um dever de todos”, diz Ray.
   Mais uma vez presente à essas reuniões, o comandante da 12ª Companhia Trombetas de Polícia Militar, Capitão Marcelo Ribeiro, disse que sua participação foi analisar todo esse contexto social que está acontecendo no conjunto. Ribeiro disse ainda que há pretensão da polícia militar montar uma base de policiamento comunitário. “Queremos desenvolver esse projeto neste conjunto por que somos sabedores que há uma incidência muito grande de violência como também ponto de drogas, que já está sendo investigado”, disse. O comandante fez questão de ressaltar que para haver a proximidade entre a polícia e a comunidade é necessário que os moradores se organizem e instalem de imediato sua associação, para ela possa exigir dos órgãos constituídos não somente a segurança pública, mas também outras necessidades que eles precisam para viver com o mínimo de dignidade que são saúde, moradia digna, e limpeza urbana. O capitão aproveitou o ensejo para anunciar que a companhia Trombetas está dando o pontapé inicial às ações de segurança pública que foram realizadas no ano passado. “Neste momento em que nós passamos por situações favoráveis e que estamos desencadeando em termos de operações ostensivas e intensivas que começou com a Operação Carnaval, agora estamos dando seqüência com o policiamento comunitário que parte da população já conhece”, disse o chefe da PM na cidade.
A presidente do bairro, a professora Cesarina Pimentel destacou a iniciativa dos órgãos estavam ali representados ao se preocuparem com a população do conjunto que enfrentam diariamente inúmeros problemas. “Para a próxima reunião que vai acontecer daqui há quinze dias, vou de casa em casa conversar com as pessoas para que venham participar, acredito que só unidos é que seremos fortes para lutar por nossos direitos de cidadãos”, disse a professora.
Participaram da reunião o Conseg, Polícia Militar, Rádio Comunitária, Conselho de Saúde e liderança comunitárias do próprio bairro.

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