Serão destinados ao Programa cerca
de 400 milhões que virão do BID, Banco
Interamericano de Desenvolvimento e serão divididos para os três pólos.
Nesta terça-feira, 14, uma equipe da Paratur realizou em
Oriximiná, o IV workshop de turismo
voltado para a sustentabilidade indígena e quilombola.
O evento teve o objetivo de lançar
no município o Prodetur-PÁ – Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo, que objetiva o desenvolvimento
sustentável do turismo por meio da
captação de recursos junto ao BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento,
cumprindo as diretrizes do Governo Federal para a Política de Turismo no país,
enfatiza Luiz Souto, Presidente da Paratur .
No
Pará no ano de 2008, o estado aderiu ao Prodetur nacional, constituindo-se um
dos primeiros estados a dar início às ações previstas para o Programa com a
elaboração de instrumentos de planejamento do turismo para o Estado.
Atualmente, na Amazônia
Legal quatro estados estão formalizados no Prodetur Nacional: Pará, Amapá,
Tocantins e Roraima. "Nós sabemos da
dificuldade de desenvolver o turismo na região amazônica, por conta da própria
formação histórica do Brasil. Não é possível fazer aqui um turismo de massa,
como ocorre, por exemplo, no nordeste. Estudos que fazemos têm mostrado isso,
principalmente, pelo relevante componente da questão ambiental. Portanto, a
entrada tem de ser feita de forma organizada e viável economicamente para a
população, que precisa ser incluída nesse processo", esclareceu Luiz
Souto.
No Pará, o Prodetur abrange
três pólos turísticos: Belém, Marajó e Tapajós. Estas regiões foram priorizadas
devido aos roteiros internacionais definidos a partir do PRT-MTur (Programa de
Regionalização Turística do Ministério do Turismo): "Amazônia
Quilombola", que inclui os municípios de Belém, Acará e Ponta de Pedras;
"Amazônia do Marajó", incluindo Belém, Soure e Salvaterra, e
"Tapajós: Amazônia, Selva e História", abrangendo as cidades de
Belém, Santarém e Belterra.
Os organizadores acreditam que o município tem
um grande potencial turístico, e que a falta de interesse dos empresário que
não investem no município, uqe não
possui uma estrutura adequada. Ele se
referiu a ausência dos donos dos hotéis da cidade que não compareceram ao
evento.
O Secretário de Cultura,
Cleonis Batista, ressaltou a importância da implantação do programa no
município, para o desenvolvimento turístico. Ele acredita que o Festival de
Música, O Torneio de Pesca Esportiva e o Círio de Santo Antônio precisam ser
vistos com outros olhos pela Paratur.
Representando a comunidade
indígena João Wai Wai que é da aldeia Mapuera, diz que as terras indígenas tem
como explorar o potencial turístico, desde que sejam respeitados o espaço
indígena. “Participei de uma reunião onde conversamos sobre o potencial
turístico nas aldeias. Concordamos sim, mas ainda precisamos conversar com o
povo indígena”, disse.
Márcia Bastos,
vice-presidente do Prodetur reiterou que o objetivo principal é alavancar o
potencial turístico no Estado. Sobre a não contemplação em primeiro de
Oriximiná ao Programa, ela que foram apenas seis, mas ela fez questão de
ressaltar que o município foi inserido pelas questões indígena e quilombolas.
“Não temos nada contra ninguém e é com muito carinho que anunciou a inserção do
município ao Programa”.
Luiz Souto, disse que como
governo tem uma responsabilidade social acima de tudo. “Assumi a Paratur há
poucos meses e percebi que trabalhar o turismo é importante para o Estado”,
disse. Souto também falou que é necessário que
a comunidade em geral entenda o
quanto é importante trabalhar o turismo. “Hoje a participação popular é a
premissa de tudo”, finalizou.
O Estado do Pará é dividido
em seis pólos turísticos.
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