domingo, 19 de dezembro de 2010

Paratur realiza workshop de turismo em Orixminá


Serão destinados ao Programa cerca de 400 milhões  que virão do BID, Banco Interamericano de Desenvolvimento e serão divididos para os três pólos. 

   Nesta terça-feira, 14, uma equipe da Paratur realizou em Oriximiná, o IV  workshop de turismo voltado para a sustentabilidade indígena e quilombola.
   O evento teve o objetivo de lançar  no município o Prodetur-PÁ – Programa Nacional de Desenvolvimento  do Turismo, que objetiva o desenvolvimento sustentável do turismo por meio  da captação de recursos junto ao BID -  Banco Interamericano de Desenvolvimento, cumprindo as diretrizes do Governo Federal para a Política de Turismo no país, enfatiza Luiz Souto, Presidente da Paratur .
   No Pará no ano de 2008, o estado aderiu ao Prodetur nacional, constituindo-se um dos primeiros estados a dar início às ações previstas para o Programa com a elaboração de instrumentos de planejamento do turismo para o Estado.
Atualmente, na Amazônia Legal quatro estados estão formalizados no Prodetur Nacional: Pará, Amapá, Tocantins e Roraima. "Nós sabemos da dificuldade de desenvolver o turismo na região amazônica, por conta da própria formação histórica do Brasil. Não é possível fazer aqui um turismo de massa, como ocorre, por exemplo, no nordeste. Estudos que fazemos têm mostrado isso, principalmente, pelo relevante componente da questão ambiental. Portanto, a entrada tem de ser feita de forma organizada e viável economicamente para a população, que precisa ser incluída nesse processo", esclareceu Luiz Souto.
   No Pará, o Prodetur abrange três pólos turísticos: Belém, Marajó e Tapajós. Estas regiões foram priorizadas devido aos roteiros internacionais definidos a partir do PRT-MTur (Programa de Regionalização Turística do Ministério do Turismo): "Amazônia Quilombola", que inclui os municípios de Belém, Acará e Ponta de Pedras; "Amazônia do Marajó", incluindo Belém, Soure e Salvaterra, e "Tapajós: Amazônia, Selva e História", abrangendo as cidades de Belém, Santarém e Belterra.
     Os organizadores acreditam que o município tem um grande potencial turístico, e que a falta de interesse dos empresário que não investem no município,  uqe não possui uma  estrutura adequada. Ele se referiu a ausência dos donos dos hotéis da cidade que não compareceram ao evento.
   O Secretário de Cultura, Cleonis Batista, ressaltou a importância da implantação do programa no município, para o desenvolvimento turístico. Ele acredita que o Festival de Música, O Torneio de Pesca Esportiva e o Círio de Santo Antônio precisam ser vistos com outros olhos pela Paratur.
    Representando a comunidade indígena João Wai Wai que é da aldeia Mapuera, diz que as terras indígenas tem como explorar o potencial turístico, desde que sejam respeitados o espaço indígena. “Participei de uma reunião onde conversamos sobre o potencial turístico nas aldeias. Concordamos sim, mas ainda precisamos conversar com o povo indígena”, disse.
    Márcia Bastos, vice-presidente do Prodetur reiterou que o objetivo principal é alavancar o potencial turístico no Estado. Sobre a não contemplação em primeiro de Oriximiná ao Programa, ela que foram apenas seis, mas ela fez questão de ressaltar que o município foi inserido pelas questões indígena e quilombolas. “Não temos nada contra ninguém e é com muito carinho que anunciou a inserção do município ao Programa”.
    Luiz Souto, disse que como governo tem uma responsabilidade social acima de tudo. “Assumi a Paratur há poucos meses e percebi que trabalhar o turismo é importante para o Estado”, disse. Souto também falou que é necessário que  a comunidade  em geral entenda o quanto é importante trabalhar o turismo. “Hoje a participação popular é a premissa de tudo”, finalizou.
    O Estado do Pará é dividido em seis pólos turísticos.

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