sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

População de Oriximiná vai às ruas indignada com a falta de competência da Rede Celpa e Guascor



   Quarta-feira, 06, uma grande manifestação envolvendo moto e automóveis demonstrando a grande insatisfação que a população de Oriximiná tem com a Rede Celpa e sua prestadora de serviço a empresa multinacional Guascor do Brasil, pela péssima qualidade no fornecimento de energia elétrica na cidade.
  A iniciativa partiu dos movimentos sociais e contou ainda com o apoio incondicional do defensor público Mário Luiz Printes, Câmara de Vereadores e a polícia militar que deu suporte durante as manifestações.
  A carreata que partiu de frente do Núcleo Universitário, fez a primeira parada foi em frente à prefeitura, em seguida o escritório da Rede Celpa que foi fechado pelos funcionários, seguindo para o Parque térmico da Guascor, onde permaneceu cerca de vinte minutos e encerrando na praça do centenário. “Queremos o apoio da população, só assim, teremos forças para lutar por nossos direitos”, disse um dos líderes do movimento.
  Para um dos maiores responsáveis pelo movimento, o defensor público, dr. Mário Luiz Printes, tudo começou à cerca de um mês onde o número de participantes era bem maior dos que se fizeram presentes na carreta. “Não podemos nos acomodar e algumas pessoas se afastaram, mas o povo sofrido está conosco e isso nos dá forças para continuarmos essa luta árdua”, disse.

  Quinta-feira, 07, houve uma reunião na Câmara de vereadores para que fosse assinado um termo de conduta por técnicos da Celpa, dando garantias que não aconteceriam mais os constantes blackouts na cidade.

  NA REUNIÃO SÓ APARECEU O GERENTE DA GUASCOR - A galeria da CMO estava lotada por pessoas em busca de solução para a problemática da falta de energia elétrica. Enquanto que a parte mais importante que seria as presenças de representantes da Rede Celpa e da Guascor, só uma parte de fez presente, o gerente de Operações e Manutenção da Guascor, dr. Helder Souza.

  O gerente começou pedindo desculpas pelos transtornos que a empresa está causando na cidade, mas isentou de qualquer culpa a Guascor, uma vez que a demanda que está no contrato com a Rede Celpa, está sendo atendida. “ A Guascor não é responsável pela manutenção e conservação da rede de distribuição ao longo da cidade, essa é uma função inerente ao grupo Rede Celpa, a obrigação contratual da Guascor é a geração de energia”, disse claramente o gerente.

   APAGÃO – No momento em que começava a explicar sobre o novo grupo gerador que entrou em funcionamento pela manhã do mesmo dia, aconteceu o que os orixmimenaenses já estão acostumados. O Apagão e perdurou por quarenta minutos.

   Para o vereador Neto Andrade, a explicação do gerente não condiz com o que de fato está acontecendo em nossa cidade. “Eles fingem que o problema não é grave, isso tem que acabar”, esbravejou o tucano.

   Toninho Picanço, foi mais longe e disse que a culpa não era somente da Celpa, mas também da Guascor e que havia uma combinação entre ambas, a de somente uma comparecer à reunião. “Eles prometem e nada cumprem, temos que dar um basta nesta situação”, disse.
  Zequinha Calderaro, também culpou a duas pela incompetência que vem acontecendo em Oriximiná. “Devemos ser tratados com respeito e o que acontece em nossa cidade, está longe disso”, disse o parlamentar.

   O presidente da CMO, vereador Ludugero Júnior, mostrou os inúmeros ofícios que já encaminhou ao escritório da Rede Celpa pedindo explicação sobre as constantes quedas de energia e nunca é atendido. “Sempre são solicitados, culpam de imediato a Guascor, mas nunca resolvem o problema, nós vamos lutar pois isso já é um desrespeito com a nossa população”, disse Ludugero Júnior.

   Orivaldo Maciel, presidente do Conseg, disse que também que a Guascor e Celpa devem respeitar a população e resolver esse problema de uma vez por todas. “Todas as vezes que são convidados para uma reunião as duas se omitem”, questionou Maciel.

   Depois de receber das críticas e das cobranças que recebeu, o gerente Guascor, se contradisse afirmando que não foi sua intenção transferir qualquer culpa ao grupo Rede Celpa. “Admitimos nossa culpa também na problema que atinge Oriximiná, mas dou garantias que estamos buscando soluções”, finalizou.

   Sobre a proposta de assinar um termo de conduta, o gerente se esquivou dizendo que não poderia fazer algo desse tipo.
   Para defensor público, a ausência da Celpa na reunião já era esperada, mas o movimento continua que poderá ir bem mais longe que vai desde entrar no escritório da Celpa , não permitindo que ninguém entre para trabalhar e terminar na interdição do rio Trombetas, onde serão colocadas rabetas. “Nós não vamos ficar calados, eles terão o troco com certeza”, disse dr. Mário.


Nenhum comentário: