terça-feira, 2 de novembro de 2010

Bimotor faz pouso forçado no leito do rio Trombetas em Oriximiná e tripulantes sofrem ferimentos leves

    No último dia 16 a etapa do  Projeto Cartografia da Amazônia que está sendo executado pelo Exército Brasileiro, chegou à Oriximiná. Um militar do exército que pediu para não ser citado na matéria esteve na cidade e segundo ele, sua missão foi de apenas fazer o reconhecimento da área, para em seguida, levar até seus superiores. Oriximiná deverá ser a sede da nova base do exército que se instalará na região.
  O projeto começou em 2008 na Cabeça do Cachorro no Estado de Roraima, passou pelo Amazonas e agora se estende até o Estado do Pará. No território brasileiro  somente o IBGE e o exército tem essa responsabilidade de fazer essas cartas  topográficas, que é o mapeamento sistemático. A região norte por ser de difícil acesso, fica sob a responsabilidade do exército.
   Dando seqüência no projeto no último final de semana, um avião bimotor PA-31 com dois tripulantes que tiravam fotos aéreas para confecção desses mapas fez um pouso forçado no leito do rio Trombetas, que banha o município de Oriximiná. De acordo com informações da Força Aérea Brasileira (FAB), responsável pelo resgate na tarde deste domingo, o motor direito da aeronave parou e não havia combustível suficiente para chegar até o aeroporto Brigadeiro Cantídio B. Guimarães, da cidade.  
   Segundo depoimento de um dos pilotos à FAB, o pouso forçado no leito do rio Trombetas encontrou um poço no trajeto, o que provocou o afundamento do nariz do avião e levantamento da cauda. O para brisas quebrou e os ocupantes foram atingidos pela lama, inclusive nos olhos. Quando o resgate chegou, eles não conseguiam enxergar o helicóptero de salvamento, apenas ouvi-lo.
   A operação de resgate contou com apoio por terra conduzido pelo Cindacta 4, em Manaus (AM), que informava o sinal eletrônico emitido pelo avião acidentado via satélite, e uma equipe especializada em busca e resgate em um helicóptero H60 Black Hawk. Com a ajuda das coordenadas, as vítimas foram localizadas em cerca de uma hora e meia, e retiradas da lama com um guincho.
   Em relação a lamas nos olhos dos tripulantes se deu devido a forte estiagem por que passa a Amazônia e com isso as margens do rio Trombetas que banha Oriximiná, está toda comprometida e ao atingirem o leito do rio, o avião deslizou e foi para a margem onde só tem lama.
   Ao serem resgatados, eles foram levados para o Hospital Municipal de Oriximiná onde foram atendidos e em seguida liberados. “Eles demonstravam apenas estarem assustados, mas os ferimentos eram leves, sem grandes proporções”, disse a enfermeira que os atendeu.
Logo depois foram todos levados para Manaus num helicóptero da Força Aérea. Enquanto isso, a aeronave era resgatada e teve o mesmo destino.

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